Page 11 - Marinha em Revista
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oram dias de muita ação no mar,
no ar e na terra. Exercícios que
f ovimentaram o litoral do Espí-
m
rito Santo com embarcações, aeronaves
e militares, todos voltados para um úni-
co objetivo: contribuir para o apresta-
mento da tropa em uma das operações
anfíbias de maior complexidade. Esta
foi a Operação “Dragão 38”, realizada
pela Marinha do Brasil de 3 a 9 de de-
zembro de 2017.
A Operação “Dragão” permaneceu
inativa por alguns anos, mas voltou a
ser realizada em 2016, com força total.
Em 2017, a Dragão contou com cer-
ca de 2.800 militares, além de meios
navais e aeronavais do Comando em
Chefe da Esquadra, dos Comandos do
1º e do 2º Distritos Navais, da Força de
Fuzileiros da Esquadra e do Comando
do Desenvolvimento Doutrinário do
Corpo de Fuzileiros Navais.
Militar durante “Dia D”da Operação “Dragão”
A operação se desenvolve a partir
de um conlito ictício cujo foco se lo-
caliza em terra irme. Tendo esse cená-
rio como pano de fundo, os militares de ataque, e outras embarcações, como quadra, Capitão de Fragata Rodrigo
da Marinha do Brasil são acionados e navios varredores e rebocadores. No Guimarães Dobbin, a equipe da Força
se deslocam através do mar ao local da total, dez embarcações estiveram en- Avançada demarcou uma raia segura
ação, onde realizam um assalto anfíbio. volvidas na “Dragão”. no mar para a passagem dos navios
O assalto é a fase mais importante, Durante o percurso, ocorreram, en- capitais. Também desativou um su-
mas, para ser bem-sucedida, uma mis- tre outros, exercícios de ameaça de sub- posto sistema de radar de costa com
são desse porte começa muito antes. Ela marinos, de navios inimigos e de aero- um lançador de mísseis, que era uma
demanda um planejamento minucioso naves, e as fragatas tiveram a missão de ameaça para a aproximação das tropas
que envolve desde questões logísticas, garantir a defesa dos navios capitais. no contexto do exercício.
como suprimentos e combustível, até “Sempre que há uma operação an-
estratégias de deslocamento e aplicação PREPARAÇÃO fíbia, existe uma operação anterior de-
dos meios navais e aeronavais. Antes de iniciar o assalto anfíbio, senvolvida pela Força Avançada, nor-
Na Operação “Dragão 38”, após o a região de abicagem foi tomada por malmente por meio de elementos de
planejamento, partiram do Rio de Ja- navios varredores, que vasculharam o operações especiais iniltrados muito
neiro (RJ) dois navios capitais: Navio local em busca de minas, e por navios antes, ou por embarcação ou por ae-
Doca Multipropósito “Bahia” e Navio patrulha, que transportaram a Força ronave”, explica, por sua vez, o Co-
de Desembarque de Carros de Com- Avançada. Composta por mergulha- ordenador do Grupo de Controle do
bate “Almirante Saboia”. Eles transpor- dores de combate e por uma equipe de Comando de Operações Navais, Capi-
taram as tropas, além de meios navais, comandos anfíbios, a Força Avançada tão de Mar e Guerra, Fuzileiro Naval
como Embarcações de Desembarque foi responsável por fazer o reconhe- (FN), Anderson da Costa Medeiros.
e Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf), e cimento do local e cumprir determi- Assim, quando é chegada a hora
terrestres, como caminhões e viaturas nadas missões antes do desembarque do assalto anfíbio, os navios capitais
leves. das tropas, chamadas de “Missões de podem se aproximar da praia com
Também se lançaram ao mar as fra- Força Avançada pré-dia D”. segurança. Enquanto isso, cabe às em-
gatas “Liberal” e “União”, responsáveis Segundo o Chefe do Estado-Maior barcações escoltas proteger seus lan-
por proteger os navios capitais em caso do Comando da 2ª Divisão da Es- cos.
MARINHA em Revista Ano 08 - Número 12 - março 2018 9