Page 15 - Marinha em Revista
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gua que nasce na fonte
serena do mundo e que
“Á abre um profundo grotão.
Água que faz inocente riacho e desá-
gua na corrente do ribeirão. Águas es-
curas dos rios que levam a fertilidade
ao sertão. Águas que banham aldeias
e matam a sede da população”. Gui-
lherme Arantes, nos versos contidos
em uma de suas mais belas compo-
sições, “Planeta Água”, retrata a faceta
de um Brasil dono de uma imensidão
de água doce, com cerca de sete mil
quilômetros cúbicos, o que equivale,
por habitante, a 43 mil metros cúbi-
cos. A dimensão corresponde a 13,7%
do volume do planeta, o que ratiica a
qualidade do País como um “gigante
natural”. A importância da hidrogra-
ia brasileira no contexto planetário
é comprovada pelo fato de que duas Apreensão de madeira no Alto Solimões (AM)
das dez maiores bacias hidrográicas
do globo têm grande parte da sua
área localizada em terras brasilei- o fato de correr, em parte, pelo terri- so comum, que restringe a atuação da
ras: a bacia Amazônica (a maior do tório brasileiro, o maior rio do globo: Marinha do Brasil (MB) aos mares e
mundo), que apresenta quase 60% o Amazonas, com uma extensão total à defesa do País, oculta os largos bra-
dos seus sete milhões de quilômetros de 7.100 km. ços da Força Naval que envolvem as
quadrados de área total no Brasil, e A despeito de serem fatos no- águas interiores do Brasil em todas
a bacia Platina, que tem 1,4 milhão tórios, o que ainda causa dúvidas é as atividades atinentes aos rios, lagos
de quilômetros quadrados em terras sobre quem recai a responsabilidade e riachos. Desde a implementação e
brasileiras. Merece destaque também por guardar tamanha riqueza. O sen- a iscalização do cumprimento da
Militares da Marinha inspecionam embarcação
MARINHA em Revista Ano 08 - Número 12 - março 2018 13