Page 44 - Marinha em Revista

cussão”, conclui Fernando Binder,
músico e mestre da Universidade
Estadual Paulista (UNESP), sobre a
inluência na sociedade.
Atualmente, na Banda Marcial
do Corpo de Fuzileiros Navais, que
tem reconhecimento no cenário
musical brasileiro e internacional,
120 executores movimentam a di-
versidade de 12 tipos de instrumen-
tos musicais. A Marinha do Brasil
é a única força que dispõe de uma
Banda Marcial. Exibidas em diver-
sos países, as execuções alcançam
diversas camadas da sociedade, di-
fundindo a música e a Marinha do
Brasil.
Na Marinha, há uma diversidade
de bandas militares: Banda de Mú-
sica (estruturas instrumentais e de
pessoal variadas); Banda Marcial; e
Banda Sinfônica, além de Conjun-
tos Musicais populares. Em todas
elas, somam-se mais de 300 milita-
res músicos.
Cada Distrito Naval tem sua
banda militar. As bandas de músi-
ca são agentes responsáveis pelos
consagrados prenúncios de autori-
dades e formosas cerimônias mili-
tares, que exaltam as tradições. “Em
um ambiente militar, as Bandas de
Música são utilizadas como instru-
mento de integração e socialização.
A manifestação dos sentimentos se
sobressai, inluenciada pela música
militar, que estimula a exterioriza-
ção dos valores que se traduzem no
amor à Pátria e às tradições milita-
res”, comenta o comandante Sidney.
Criada em meados de 1970, a
Banda Sinfônica pertence à Compa-
nhia de Bandas do Batalhão Naval.
Ela exerce um lado rente à sensibili-
dade em consonância com a música
clássica. Há, em suas apresentações,
uma miscelânea com músicas canta-
das, eruditas e populares. Sua com-
posição traz oiciais regentes e 84
músicos militares. “A execução de
hinos pátrios, dobrados e marchas
42
Regente-Mor Luiz Carlos Gomes Barboza
“Responsável pela contagiante energia que consagra cada
apresentação como única e por fazer qualquer música virar energia,
com ritmo, melodia e harmonia típicas da Banda Marcial”, assim se
apresenta o Suboicial Fuzileiro Naval Luiz Carlos Gomes Barboza
Regente-Mor da Banda Marcial de Fuzileiros Navais.
Inluenciado musicalmente por seu pai músico, desde a
infância, se envolveu com a música. Ao servir à Marinha do Brasil,
encantou-se, em sua juventude, com a Banda Marcial de Fuzileiros
Navais realizando evoluções e coreograias. Por essa razão, prestou
concurso para o quadro de Cornetas e Tambores para então ser
incorporado à Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais.
Aos 52 anos, com 25 anos de casado e duas ilhas, Luiz Carlos
airma, emocionado, a satisfação de ser o suboicial-mor da Banda
Marcial desde 2014. Sua carreira na banda teve início em 1986,
quando obteve sua especialização. Em 2006, tornou-se um dos
regentes. Já em 2013, transferido para a Namíbia, apoiou a banda
musical da Marinha do país africano.
Com vasta experiência, o suboicial já fez parte de diversas
bandas, como a Banda de Música do Rio de Janeiro e do
Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, a Banda Sinfônica e a
Banda híbrida do Corpo de Fuzileiros Navais. “Reger não somente
com as mãos, não somente com o corpo, mas também com o rosto.
Quando falamos de coração, falamos de batidas rítmicas, e quando
falamos de batidas, falamos da Banda Marcial”, conta emocionado.
Inluenciado musicalmente por Guilherme Arantes e Ivan Lins, o
maestro confessa inluências, em seus arranjos musicais vibrantes
e dançantes, das bandas norte-americanas Eart, Wind & Fire e
CHIC.
Destacou, como uma das mais marcantes apresentações em
que regeu, a Banda Marcial, durante desile, em Brasília (DF), com
a presença de autoridades máximas do País, entre elas o presidente
da República, ministros e senadores.
Aqueles primeiros passos musicais, quando ainda era criança,
e toda inluência de seu pai, o levaram à regência mor de uma das
maiores bandas marciais do mundo. Sendo eterno marinheiro,
orgulha-se de todos os seus triunfos alcançados.