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2014. Para as Olimpíadas Rio 2016, a mento, combate ou ambas em prol, “Muitas vezes, as pessoas
tropa foi treinada, especialmente, pe- principalmente, das Operações An- dizem que as missões são
los Seals, grupo de elite da Marinha fíbias da Marinha. impossíveis, mas, para esses
dos Estados Unidos da América, para Essa estrutura permite a orga-
poderem garantir segurança nacional nização por tarefas de grupamen- homens, o impossível nada
nesse evento de cunho mundial. tos operativos e destacamentos mais é do que algo difícil que
Com a possibilidade do aumento para cumprir qualquer missão de será feito”
das atividades terroristas e de crimes interesse da Marinha no contexto Comandante do
transnacionais pelo mundo, podendo, de operações especiais, inclusive, BtlOpEspFuzNav, Capitão de
inclusive, afetar o tráfego marítimo aquelas relacionadas com a reto-
brasileiro e ameaçar as riquezas natu- mada de instalações e o resgate de Mar e Guerra Campos Mello
rais da nossa “Amazônia Azul”, vislum- pessoal.
bra-se a possibilidade de emprego mais Dentre os mais de 14 mil fuzi- devem realizar o Curso Especial de
intenso do Grumec nas ações de prote- leiros navais, pouco mais de 400 Comandos Anfíbios, com duração
ção marítima e ribeirinhas, de presen- compõem as operações especiais. de 22 semanas, que abrange diversas
ça nas fronteiras e, eventualmente, em “O militar para servir nessa área disciplinas de técnicas de iniltração,
Operações de Paz. deve ter coragem, porque ele vai patrulha e montanhismo.
participar de missões arriscadas, O treinamento operativo e físico
COMANF de treinamentos especiais com real é rígido, fazendo com que esses mi-
Tarefas arriscadas, precisas e perigo, seja ao saltar de paraquedas, litares lidem diretamente com situa-
que não permitem erros. Os Co- mergulhar ou operar munição real ções de socorro avançado, combate
mandos Anfíbios são as forças todo o tempo. Ele tem que ter ab- em áreas urbanas e corpo-a-corpo,
especiais do Corpo de Fuzileiros negação e determinação para agir, sobrevivência no mar e na terra. Eles
Navais da Marinha do Brasil. Eles apesar de todas as dificuldades que são capacitados e adestrados para
congregam os fuzileiros navais es- encontrará no caminho. Tem que operar em regiões ribeirinhas e no
pecificamente preparados para ter ousadia para fazer aquilo que Pantanal, em montanha e clima frio,
realização de operações especiais, os outros dizem que não pode ser em regiões semiáridas, selva e em
sendo subordinados ao Batalhão feito”, comenta o comandante do áreas urbanas. “Muitas vezes, as pes-
de Operações Especiais de Fuzilei- BtlOpEspFuzNav Capitão de Mar soas dizem que as missões são im-
ros Navais (BtlOpEspFuzNav), co- e Guerra Luís Manuel de Campos possíveis, mas, para esses homens, o
nhecido como Batalhão Tonelero, Mello. impossível nada mais é do que algo
pertencente à Força de Fuzileiros Para se tornar um Comanf, oi- difícil que será feito”, destaca o co-
da Esquadra. Surgiu na década de ciais e sargentos fuzileiros navais mandante do BtlOpEspFuzNav.
1970 e tem sede no Rio de Janeiro
(RJ). Em suas habilidades táticas,
colaboram com o poder naval, rea-
lizando missões de reconhecimen-
to, atuando em resgate de reféns,
ações de comando, ações de reto-
mada de instalações e inteligência.
Para desenvolvimento de suas
atividades de combate o BtlOpEsp-
FuzNav, organiza seus militares em
efetivos especializados e organiza-
dos por tarefas nomeadas de Gru-
pamentos de Operações Especiais,
podendo ser constituídos por Equi-
pes de Comandos Anfíbios, Unida-
des de Comandos Anfíbios ou em
Grupos de Comandos Anfíbios,
recebendo missões de reconheci-
Comandos Anfíbios
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